Iniciativa da SEEDF atua para resgatar a autonomia e dar oportunidades a mulheres em vulnerabilidade social
Por Andressa Rios, Ascom/SEEDF

Documentário Mulheres Mil foi exibido pela primeira vez em uma sessão no Cine Brasília | Foto: Felipe de Noronha, Ascom/SEEDF.
Exibido no Cine Brasília nesta quinta-feira (2/10), o documentário Mulheres Mil representa a publicização de um programa que tem devolvido a dignidade e a liberdade de mais de 3.500 mulheres do Distrito Federal. A estreia reuniu um grande público da Secretaria de Estado de Educação do DF (SEEDF), além de familiares e participantes do programa que prestigiaram o evento.
Após a entrada do público na sala de cinema, foi realizada uma breve fala das mulheres que fazem o Programa Mulheres Mil acontecer. Estiveram presentes a secretária de Estado de Educação, Hélvia Paranaguá, a secretária de Estado da Mulher, Giselle Ferreira, a coordenadora geral do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), Beatriz Natividade, a diretora de Educação Profissional da SEEDF, Joelma Bonfim, a gestora pedagógica do Programa Mulheres Mil, Flávia Rabelo, a assistente social do Programa, Jackeline Pedrosa, a vice-diretora da Escola Técnica do Guará, Eliane Neres, a gerente do Centro de Convivência (CECON) Gama – Unidade de Ensino Remota, Jaqueline Lima, e a egressa do curso Camareira em Meios de Hospedagem, Ana Maria Araújo.
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Uma das estrelas do documentário, Ana Maria Araújo, de 34 anos, moradora do Setor de Chácaras de Santa Luzia, na Estrutural, prestigiou o evento ao lado dos seus filhos. Na época em que realizou o curso, Ana conta o quanto era difícil. Com um filho recém-nascido, e com o diagnóstico de depressão pós-parto, ela achou no programa uma forma de descontrair e socializar com outras pessoas.
“Eu comecei o curso de Camareira logo após essa depressão pós-parto. Conheci novas pessoas, fiz amizades e acabei tendo uma rede de apoio de outras mulheres. O documentário foi importante para mostrar a realidade. Muitas vezes eu pensei em desistir, mas minhas colegas não deixaram, quando o neném queria chorar, uma pegava, outra dava mamadeira, a gente se ajudava”, contou Ana.

A protagonista do documentário foi Ana Maria Araújo, de 34 anos, participante do programa no curso de Camareira em Meios de Hospedagem | Foto: Felipe de Noronha, Ascom/SEEDF.
Dignidade e liberdade
A coordenadora adjunta do Pronatec, que faz parte da Diretoria de Educação Profissional da Secretaria de Estado de Educação, Amanda Miranda, contou um pouco sobre a transformação que acontece ao longo do curso. “Esse programa é uma política pública, em parceria com o Ministério da Educação, por meio do Pronatec e da Diretoria de Educação Profissional da SEEDF, que vai além da qualificação profissional. Elas terão uma geração de renda, outro posicionamento na sociedade. A gente abrange todas as mulheres em situação de vulnerabilidade social, para além delas, também atendemos àquelas advindas do sistema prisional”.
A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, destacou a relevância do programa na vida das mulheres do Distrito Federal. “Esse programa não é apenas um certificado, é uma profissão que surge a partir daí. Não é só conhecimento, é dignidade e liberdade”. Ela ainda reforçou: “O que vocês vão ver aqui no documentário são mosaicos de coragem, um grito de liberdade de mulheres que passaram por um curso de formação e que estão transformando a vida delas e de suas famílias”.

A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, prestigiou o evento e conversou com as protagonistas do documentário | Foto: Felipe de Noronha, Ascom/SEEDF.
A diretora de Educação Profissional da SEEDF, Joelma Bonfim, explicou a importância de abrir um leque de possibilidades para essas mulheres. “Tirar ela de uma condição, que muitas vezes, é uma dor e mostrar que tem o direito de viver, de compartilhar essas emoções com seus filhos e fazer uma transformação familiar e da comunidade, é realmente algo maravilhoso”.
As protagonistas do documentário afirmaram que aprenderam sobre diversos segmentos, como empreendedorismo e saúde da mulher, além dos próprios conteúdos dos cursos, que dividem-se entre: artesã de pintura em tecido, auxiliar de farmácia de manipulação, assistente administrativo, assistente de recursos humanos, barista, brigadista particular, camareira em meios de hospedagem, copeira, costura industrial do vestuário, cuidadora de idosos, costura de máquina reta e overloque, manicure e pedicure, massagista, operadora de computador, porteira e vigia, recepcionista, entre outros.